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Doe sangue, salve vidas

Coluna de Ricardo Rodrigues originalmente publicada no site do Jornal Hoje em Dia.


Hoje resolvi deixar os assuntos relacionados à gastronomia e ao setor de bares e restaurantes de lado para falar sobre um tema importante para todos nós, de extrema utilidade pública: a doação de sangue.

Na próxima segunda-feira (14) comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, assim como o mês atual, são importantes marcos para discutirmos a importância deste gesto nobre. Para quem não sabe, a campanha ‘Junho Vermelho’, criada em 2015 pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo incentivar o espírito de solidariedade quanto a esta doação e, sobretudo, conscientizar a população de que é um ato de amor ao próximo, atitude que salva vidas.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a escolha de junho para ser o período de conscientização sobre o assunto não é aleatória: o sexto mês do ano é considerada a época de maior escassez nos estoques de sangue, que registram uma diminuição no número de doadores no Brasil. Há ainda um aumento da incidência de infecções respiratórias, propiciado pela queda das temperaturas. Com isso as pessoas se recolhem e ficam menos propensas a sair de casa. O fato de estarmos em isolamento social também acaba sendo outro dificultador. Prova disso é que desde o início da pandemia do coronavírus, por exemplo, a Fundação Hemominas, principal hemocentro do estado, registrou uma queda média de cerca de 20% no comparecimento de doadores em todas as unidades de Minas Gerais, o que é extremamente preocupante.

Embora alguns tipos sanguíneos, como o O negativo, costumam sempre ficar em estado crítico, doações de qualquer categoria são sempre bem vindas, já que a todo instante pessoas sofrem acidentes, necessitam de cirurgias de urgência e transplantes. Além disso, alguns pacientes com doenças específicas precisam, constantemente, de receber transfusão de sangue.

Por isso deixo aqui um apelo nestes tempos onde a empatia, mais do que nunca, tem sido primordial: se você tem entre 16 e 69 anos, pesa mais de 50 quilos, está bem de saúde e (caso tenha contraído a Covid-19) já se recuperou completamente, há mais de 30 dias, sem apresentar sequelas, não pode deixar de doar. Uma única doação pode salvar outras quatro vidas. Isso porque o sangue coletado pode se transformar em diversos hemocomponentes. Todos podem ser direcionados para pessoas com problemas de saúde distintos.

O procedimento é totalmente confiável e os hemocentros adotam todas as normas de segurança, entre elas o uso de materiais descartáveis. Antes da doação a pessoa também passa por uma triagem para saber, por exemplo, se ela usa algum tipo de medicamento ou tem condição clínica que porventura seja um impeditivo. Essa é, sem dúvida, uma das melhores correntes de solidariedade que podemos praticar hoje. #Ficaadica!


Ricardo Rodrigues – Conselheiro Consultivo ABRASEL-MG e Coordenador da Frente da Gastronomia Mineira

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